O AVC como professor
Há 5 anos eu tive o diagnóstico da hemiplegia esquerda (paralisação ou dificuldade de movimentar um dos lados do corpo). Mundanamente isto até assusta, mas ao perguntar se devia ter medo, tive como resposta que não e que os acontecimentos são sempre bons. Senti nesse momento que as dificuldades me trariam muita aprendizagem e compreendi que experiências desagradáveis são importantes para os processos de aprendizagem e uma base para a evolução. No meu caso, mesmo com a hemiplegia, não me senti frustrado porque aceitei e entrei de cabeça nessa aprendizagem. Como eu participo de uma escola filosófica, sei que existem muitas diferenças entre os seres e seus processos evolutivos. Se o evento estava vindo para mim é porque eu estava precisando para evoluir. A conscientização deste fato tornou a aceitação mais fácil. Em relação aos relacionamentos com as pessoas que faziam parte da minha rotina comecei a perceber, depois do AVC, que eu tinha comportamentos compensatórios que se bas...