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Mostrando postagens de agosto, 2022

Uma Nova Visão sobre Reabilitação: Caminho de Autonomia e Conexão / A New Perspective on Rehabilitation: A Path of Autonomy and Connection

A reabilitação vai muito além de apenas recuperar movimentos. Cada ação nesse processo pode ter um propósito funcional, mas o que realmente guia as decisões é algo maior: a busca pelo crescimento pessoal e o aprimoramento do ser. No começo, é comum que as escolhas sejam feitas pelo profissional de saúde, com apoio da família. Nessa fase, o paciente ainda está num papel mais passivo. Mas conforme ganha autonomia, ele passa a ser protagonista do próprio processo. É aí que a reabilitação realmente começa a evoluir. Quando essa autonomia desperta, os resultados ficam mais claros — e aceleram. As melhorias deixam de ser apenas internas e passam a ser percebidas por todos ao redor. A motivação cresce e o processo ganha uma força coletiva. Com mais independência, o reabilitando passa a escolher os próprios profissionais. E isso muda tudo. O terapeuta deixa de ser apenas alguém que aplica técnicas, e passa a ser um parceiro. A empatia se aprofunda, e começa a surgir uma percepção além do...

Quando a família entra em campo, a recuperação acontece! / The Role of Family in Rehabilitation

Sempre tive o apoio firme da minha esposa e dos meus filhos. Eles foram otimistas, competentes e carinhosos, encarando cada desafio de frente. Mas existe um abismo entre o que a gente imagina na cabeça e o que a cultura ao nosso redor consegue absorver. Muitas vezes, a família não consegue sair desse “modo cultural” — e isso limita a comunicação. O novo traz desconforto, e o tempo entre ter a ideia e todos entenderem faz parte de um processo coletivo que exige paciência e maturidade. No meu caso, a atividade cerebral acelerada trouxe uma criatividade que eu nunca tinha vivido. Isso veio de dois fatores: 1. O cérebro, na tentativa de se recuperar, entra em “modo turbo”. 2. Com menos mecanismos de defesa emocional, sobra mais energia para criar. Só que essa energia extra pode gerar mais atrito do que harmonia nos relacionamentos, porque todos estamos aprendendo a lidar com algo novo: eu, tentando entender e tratando a novidade como se já fosse um velho amigo; e minha família, me apoi...

Um Recomeço Inesperado / An Unexpected New Beginning

Em 1º de outubro de 2017, minha vida virou do avesso. Sofri um AVC. No início, foi apenas uma sensação de que algo estava errado: fraqueza, desorientação, risco de queda. Sentei-me no chão do banheiro, encostado no armário da pia, tentando manter a calma e chamando por minha esposa. Ela percebeu na hora que havia algo errado na minha voz. Dali em diante, tudo começou a desmoronar. Fui perdendo as forças, a consciência e, por um momento, não sabia se sobreviveria. A equipe da portaria do condomínio foi fundamental: chamaram a ambulância, me ajudaram do chão e me mantiveram em segurança até o socorro chegar. Quando entrei na ambulância, amarrado na maca, percebi a gravidade da situação — pela primeira vez na vida, eu não tinha controle sobre meu corpo nem sobre meu destino. Fui levado à UTI do HCOR, onde permaneci por 26 dias. Estava consciente, mas não compreendia nada do que acontecia. As vozes viraram ruído. O corpo parecia não ser mais meu. Eu sabia que algo estava errado quando sent...

Apresentação / Presentation

Meu nome é Luiz Roberto Machado Cardoso, nasci em Novembro de 1953, sou casado desde Dezembro de 1979 e pai de dois filhos. Sou psicólogo de formação, com vivência tanto no mundo corporativo quanto na área da Saúde. Minha trajetória começou voltada para a engenharia. Fiz curso técnico em Eletrotécnica e, até ali, tudo apontava para as Exatas. Mas alguma coisa não encaixava. Foi justamente na Escola Técnica Federal de São Paulo que tive meu primeiro contato com a Psicologia — e aquilo acendeu uma luz. Já formado como técnico, procurei o psicólogo do colégio. Ele me orientou a passar por um processo vocacional: testes, entrevistas, sessões semanais por dois meses. Resultado? Fiquei entre duas forças: aptidão para Exatas, vocação para Humanas. Escolhi seguir a vocação. Fui para a Psicologia. Durante a faculdade, trabalhei com a família em negócios próprios. Ao me formar, entrei na área de Psicologia Organizacional e fiquei cerca de cinco anos. Depois, segui para o setor industrial com ...