O Leitor é o principal elo da comunicação escrita

Escrever sempre foi algo natural para mim. No início (ginásio e colegial) eu escrevia para atender uma demanda do corpo docente e reparei que eles gostavam do que liam, sinal de que eu era um escritor interessante para eles. Com o AVC, minha terapeuta ocupacional começou a explorar essa característica nas terapias, inicialmente para estimular funções cognitivas que poderiam ajudar no meu processo de cura. Mais tarde, observando os textos ela me incentivou a escrever para o outro, pois as minhas experiências poderiam ser úteis para alguém. A partir disso, em conjunto na terapia , vieram as ideias inicialmente de produzir textos, depois a criação do blog e também a criação do Instagram, como uma estratégia para divulgar o blog. 

E o que é escrever? 

Escrever para o outro significa discorrer sobre algo que foi objeto de nossa atenção ,sem os engodos do egocentrismo e da vaidade, que nos distanciam da VERDADE. Esta, para acessarmos, temos que ser puros de coração e de alma, pois o cérebro, para escolher as palavras que melhor expressam a ideia a ser transmitida, tem que estar “limpo”de contaminações. 

O escritor para ser íntegro e isento tem que “conhecer-se profundamente”pois não faltam armadilhas cerebrais. Aliás, tem que colocar o cérebro à seu serviço, não se subordinando à ele por saber diferenciar valores e características psicológicas.  Por exemplo, quando criei o blog, meu objetivo sempre foi a utilidade desse recurso e não o quanto poderia render financeiramente (armadilha cerebral ligada a mente coletiva). Normalmente tudo se faz por dinheiro, se não há dinheiro envolvido, não se faz e eu, principalmente após o AVC, entendi que o dinheiro é um fator anti verdade, já que nos distancia do outro e do nosso sentir. 


Escrever não é fácil! Exige paciência e responsabilidade. 

Quem está escrevendo precisa Refletir intensamente sobre quem é e qual a responsabilidade assumida no processo de comunicação. Precisa também saber o que está sendo escrito, se é verdade, se é bom e se é útil (as 3 peneiras de Sócrates ). 

Posterior a isso, vem os detalhes, como por exemplo, a Edição. É correto a forma na qual está sendo escrito (língua portuguesa),  é compreensível ( revisão), é tecnicamente correto (existe algo no texto que contraria uma verdade aceita? Se sim é necessário fundamentar). 

Outro aspecto do processo de comunicação é referente ao acesso do leitor ao conteúdo que também é um detalhe importante (blog+ Instagram). No meu caso, optamos por utilizar a plataforma Instagram como a nossa ferramenta de divulgação e feedback, pois esta era mais dinâmica e comprovadamente mais acessada e acessível. 

Em síntese, tudo que abarca comunicação envolve emissor e receptor, conforme a intenção e objetivo que está por trás advirá uma consequência boa ou não. Então escrever é uma tarefa que envolve autoconhecimento e conhecimento técnico e os dois, sob o ponto de vista da responsabilidade, leva à união do escritor- leitor e consequentemente à fraternidade. O escritor sabe para quem está escrevendo e o leitor sabe que pode confiar naquelas palavras tornando o processo de escrita e leitura harmonioso

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